São vários os estudantes universitários que decidem fazer um estágio de verão.  Eu sou uma dessas estudantes. Tenho 21 anos, estudo Psicologia e encontro-me a poucos dias de iniciar o mestrado. O processo de decisão de escolha da área nem sempre foi linear: entrei na universidade com uma ideia fixa do que queria estudar, mas, ao longo dos três anos da licenciatura, fui-me interessando por outras temáticas. Penso até que cheguei a ponderar seriamente cada uma das opções de mestrado que a minha faculdade oferece, estando sempre a oscilar entre cada uma delas. No final, dei por mim a inscrever-me na área que considerei antes de sequer iniciar o meu percurso académico: Psicologia das Organizações, Social e do Trabalho.

Posso dizer que não tinha 100% de certeza de que era isto que queria estudar quando me inscrevi. Sempre senti que o meu curso tem uma componente teórica muito forte, que deixa menos espaço para a parte prática. Além disso, o foco dos estudos, na licenciatura, muitas vezes está na vertente clínica da Psicologia, descurando um pouco as outras possibilidades que o curso oferece, entre elas a área das organizações, da educação e do comportamento desviante, por exemplo. Como eu queria contrabalançar estes pontos e aumentar a minha percentagem de certeza, decidi fazer um estágio na área, que acredito ser sempre uma experiência enriquecedora e que me permitiria dissipar algumas dúvidas.

Decidi fazer um estágio de verão, pois pareceu-me ser a altura do ano mais indicada: o ano letivo já estava terminado e assim pude dedicar-me por completo ao estágio, em vez de o tentar conciliar com os estudos. Ainda assim, o verão é a época do ano em que se aproveita para descansar, e eu também o queria fazer. Evidentemente, foi um verão mais atarefado, em que tive de fazer algumas cedências e de gerir melhor o meu tempo livre, mas sinto que consegui conciliar as responsabilidades e diversão, e desfrutar dele ao máximo. 

E foi o que aconteceu. Tive a oportunidade de experienciar o que é estar numa empresa e em que consiste verdadeiramente o trabalho. Vou ingressar no mestrado mais segura de que escolhi a área certa. Quando estiver a assistir às aulas no próximo semestre, sei que irei ter mais capacidade de pensar criticamente sobre a matéria e sobre os conteúdos, porque já pude presenciar a fusão da teoria com a prática no mundo real.

Estagiar na Argo superou as minhas expectativas para esta experiência. Tinha uma ideia pré-definida do que é a área dos Recursos Humanos e Recrutamento, mas a Argo mudou por completo a forma como a vejo agora. Aprendi desde as competências mais básicas às mais complexas. Adquiri novas capacidades e desenvolvi algumas que já possuía. Não consigo destacar apenas uma grande aprendizagem, porque realmente foram muitas. Foi-me dada a oportunidade de estar envolvida em projetos diferentes e, ainda que por questões de timings, não pudesse participar tão ativamente em algumas fases, pude sempre acompanhar todo o processo. Tudo isto num ambiente amigável e dinâmico, mas sempre profissional.

Aprendi a utilizar o LinkedIn na ótica do recrutador, o que também foi útil para compreender como posso melhorar o meu perfil no futuro, por exemplo. O mesmo aconteceu com a análise de currículos de candidatos. Esta componente de pesquisa e triagem ajudou-me a desenvolver uma visão mais analítica e objetiva. Por outro lado, pude assistir a entrevistas com diversas pessoas, com diferentes percursos, que me permitiram ver o seu “lado B”. Percebi aí que uma entrevista que visa conhecer o candidato como uma pessoa no seu todo, incluindo o seu lado mais pessoal, o seu percurso de vida e não apenas como sendo apenas um candidato a uma posição/cargo, é mais humana e rica. Trata-se de uma abordagem que está no ADN da Argo e que verdadeiramente admiro.

Obviamente, também existiram desafios neste percurso. Como este foi o meu primeiro mergulho no mundo do trabalho, tive alguns receios sobre a minha capacidade de corresponder ao que esperavam de mim. No entanto, toda a equipa me fez sentir à vontade para colocar as questões que tivesse. Nunca tive medo de errar, porque me senti sempre acompanhada.

Agora que terminei este estágio, gostaria de agradecer a toda a equipa Argo por me acolher e proporcionar esta oportunidade. Foi uma ótima experiência, que me ajudou a expandir os horizontes e irá, certamente, abrir portas no futuro. Aprendi muito e irei levar estas aprendizagens comigo para o resto da minha vida académica e profissional.

Por Ana Sofia Freitas